Tarde de Descobertas
Apesar de ela ter 21 anos agora, ela ainda não tinha esquecido-se do menino por quem era apaixonada aos 15. Nesse alge da vida de jovem mulher ela pensava que o amava, pois tinha visto em algum lugar que se você gosta de alguém há mais de dois anos pelo menos, você passa a amar a pessoa. Mas apesar de ainda se lembra do rapaz que agora estaria com 22 anos e em algum lugar do planeta seguindo seu percurso de vida, ela estava certa de si que não estava mais apaixonada por ele, que não o amava mais. Se é que naquele tempo o amava.
Ela tinha passado por tantos namoros até ali, até o estágio de 21 anos de sua vida. Foram cinco namoros, e ela tinha até chegado à apresentar um dos caras aos seus pais. E foi exatamente nessa janta que ela viu que aquele namorado não era o cara certo para ela. Não que os namorados fizessem algo de errado. Ela apenas não tinha atração por eles depois de algum tempo. Como se faltasse algo neles.
Leu alguns capítulos de um livro tomando uma xícara de café. Escovou os dentes. Lavou o rosto. E foi deitar. Estava chovendo lá fora, e o vento estava um pouco forte, batendo na janela do quarto do apartamento dela. E ela finalmente caiu no sono.
Acordou às oito horas e vinte e oito minutos numa manhã de sábado. Se arrumou e foi a um Starbucks que ficava à duas quadras de sua casa. Pediu um cappuccino e sentou-se em uma mesa. Depois foi pagar a conta e sem querer esbarrou em um cara alto, pele branca, cabelos castanhos claros quase loiros e olhos azuis. Pediram desculpas um ao outro e os olhos se cruzaram... e brilharam com um sorriso à amostra. Passou na mente dela que ele podia ser o menino dos quinze dela.
Começou a chover lá fora. Os dois se olharam como se tivessem que ficar ali dentro por um tempinho. Decidiram então sentar juntos. Começaram a conversar.
As horas passaram e era perto do meio-dia e a chuva não parou. Ele disse à ela que morava à seis quadras dali. Como ela morava a apenas duas, ela convidou ele a almoçar na casa dela. Chegando no apartamento dela, eles foram para a cozinha e ela aqueceu a janta da noite passada. Carreteiro. Almoçaram. Depois ligaram a TV e o noticiário dizia que a chuva ia durar até pelo menos o final da tarde. Ela foi lavar a louça e ele começou a observar as fotos dela e enfim sabia quem ela era e notou que a paixão silenciosa recendeu novamente.
Ele foi pra cozinha sentar na mesa, e em poucos minutos soltou da cadeira, agarrou ela e a beijou. Ela desejando a mesma coisa o beijou de volta. Colocou ela sentada em cima da mesa e os dois não paravam de se beijar. Foram para a sala novamente. Sentaram-se no sofá. Ele tirou a camiseta, e ainda não paravam de se beijar. Foram vários beijos intensos e longos. Ela tirou sua blusa e colocou a camiseta dele. Conversaram sobre começar um relacionamento. Que provavelmente não daria certo, pois ele iria viajar para o exterior por três anos. O máximo que tinham que fazer era aproveitar aquela tarde chuvosa.
Já eram cinco horas e a chuva finalmente parou. Ele tinha coisas para resolver sobre a sua viagem e decidiu ir embora para sua casa. Ele colocou seu moletom já que sua camiseta ia ser dela a partir de agora. Na porta dando tchau a ele, ela pensou que não haviam dito seus nomes. Ela perguntou e ele respondeu seguido de um até logo e o nome dela. Ela beijou ele como se fosse a ultima vez. E ele foi embora.
"Mê dê amor como nunca antes. Porque ultimamente eu tenho desejado mais. E faz um tempo, mas eu continuo sentindo o mesmo. Talvez eu devesse deixar você ir [...] Não, eu só quero te abraçar."
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